Plano teria tido o apoio do Departamento de Estado norte-americano e do embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Kevin Whitaker
Integrantes do governo venezuelano denunciaram hoje (28)
que políticos opositores e empresários conspiraram para assassinar o
presidente da Venezuelano, Nicolás Maduro, e o presidente da Assembleia
Nacional, Diosdado Cabello. De acordo com a denúncia, o plano teria tido
o apoio do Departamento de Estado norte-americano e do embaixador dos
Estados Unidos na Colômbia, Kevin Whitaker.
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Denúncia foi apresentada à imprensa por membros do Partido Socialista
Unidos de Venezuela (PSUV) em reunião transmitida pelos canais estatais
Foto: Reuters |
A denúncia foi apresentada à imprensa por membros do
Partido Socialista Unidos de Venezuela (PSUV) em reunião transmitida
pelos canais estatais, encabeçada pelo prefeito de Caracas, Jorge
Rodríguez. Ele disse ter provas do plano, direcionado, não só contra o
presidente e o chefe do Parlamento, mas também contra o governador do
estado de Aragua, Tarek El Aissami, e o ministro de Interior e Justiça,
Miguel Rodríguez Torres.
Segundo o prefeito, dentre as provas há correios
eletrônicos aos quais a investigação penal da Justiça venezuelana teve
acesso. Jorge Rodríguez disse que os e-mails rastreados relacionam a
deputada opositora, Maria Corina Machado - nome importante da oposição -
e o banqueiro e empresário Egídio Cedeño, que está foragido da Justiça
e é apontado como “financiador” do golpe.
"Temos todas as provas do plano de magnicídio
(assassínio de pessoa importante) e do golpe de Estado (...) o que
estamos apresentando faz parte de uma investigação penal que envolve
setores da direita venezuelana", disse o dirigente.
Jorge Rodríguez disse que o envolvimento do embaixador
norte-americano no plano foi no sentido de “apoiar os opositores e dar
instruções ao jornalista venezuelano opositor, Nelson Bocaranda, sobre o
que deveria publicar na imprensa”.
Em nota divulgada pela Embaixada americana em Bogotá,
Kevin Whitaker desmentiu as denúncias. “Essas acusações são falsas, e
qualquer declaração a esse respeito é infundada”.
Segundo os dirigentes venezuelanos, os correios
interceptados também vinculam ao plano conspirador os nomes do advogado
constitucionalista e professor de Direito, Gustavo Tarre Briceño; dos
ex-candidatos presidenciais opositores, Diego Árria e Henrique Salas
Römer; além do ex-diretor da empresa estatal Petróleos da Venezuela,
Pedro Burelli.
Jorge Rodríguez acrescentou que o golpe e o assassínio
de Maduro começaram a ser articulados antes das eleições municipais de
dezembro do ano passado. Ele anunciou que nos próximos dias o governo
convocará os dirigentes da Mesa de Unidade Democrática (MUD), que
congrega os partidos de oposição, para apresentar as provas das
denúncias.
A opositora Maria Corina Machado escreveu em sua conta
no Twitter para dizer que não participou do plano, e chamou as acusações
de "infames". Ela disse que exigirá direito de resposta às televisões
venezuelanas.
Também na rede social, o líder opositor e governador do
estado de Miranda, Henrique Capriles Radonsk,i acusou o governo de um
novo show de conspirações, de golpes, e instou o presidente Nicolás
Maduro a trabalhar para solucionar os problemas do país.
"Queremos ouvir dos três golpes, café da manhã, almoço e
jantar (...) golpes contra a inflação, a escassez de tudo, contra a
matança que há. Golpes ao caos econômico e social", escreveu.
Agência Brasil
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